quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Oração da noite #3

Hei-de sempre agradecer a força. Todos os dias a peço e a agradeço.
Agradeço os fragmentos de vida que vou vendo espalhados pela minha casa. As cores. A luz.
Agradeço o sol nascer do meu lado da janela, o calor e o frio. O amor. De tudo e de todos.
Agradeço a esperança, que não acaba  nunca, e o sentido que levo da vida.
Já disse que agradeço a força? A força. Acho que ninguém imagina o quão imprescindível ela é.
A força é tudo. É vida. É caminho, é amor.

Ouvi uma vez:
"só precisamos de três coisas na vida: força, coragem e determinação. O resto vem por acréscimo."

Obrigado!

sábado, 26 de setembro de 2015

Planos para ser Feliz?

 
 
Levanto-me. Luto contra a vontade de enfiar um cigarro na boca. Olho para a janela. Sinto que tenho a paisagem mais linda da cidade. Respiro fundo a tentar acalmar o peito. A dor quer acordar também, mas começo a mexer-me. Lavo os dentes, a cara, abro o frigorífico a ver o que o vou comer. Lembro-me que só posso comer merdas saudáveis. Um iogurte, meio pão e uma banana. Está feito. É agora que me sinto perdida. A dor vem a cavalgar na minha direção. Afasto-a.
O que é que vou vestir? Pouca coisa me serve desde a gravidez. Esta é a pior parte do dia.
Acabo por vestir qualquer coisa, bem desconfortável, que disfarce ao máximo a minha barriga (ainda) saliente.
(Não suporto que me lembrem que o meu bebé já não existe)
 
 
É agora!
 É agora que posso tentar ter um dia feliz!
 
 
 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O meu Lar


Dizem, quem sabe, que nem sempre o nosso Lar é a nossa
Casa.
No meu caso é.
É a casa e quem comigo a partilha. É o conforto da paisagem, do miminho, do cheirinho a limpo, ou a comida, ou a doce.
São as minhas plantas, que tanto gosto me dá regá-las debaixo do  solinho bom, vê-las crescer,  dar frutos e ajeitar a terrinha.
É o meu sofá, que é capaz de se ter tornado o meu maior orgulho material, as mantinhas que sobreponho sobre ele, e as fotos que tenho na parede e me recordam o amor que nos une.
É a confiança nos vizinhos, a porta aberta, a música alta, a preocupação alheia na roupa que me esqueci de apanhar. É precisar de pão e ir só ali em baixo. É "pagar amanhã" porque não tenho moedas.
Na minha casa há luz natural. Toda em tons de branco e decoração de vida. Há cheiro, cores e sonhos espalhados pelas divisões. Há paciência e lugar para aprender e ensinar.


Na minha casa há orgulho. Orgulho de olhar para ela e sentir-me em casa.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Oração da noite #2

Meu Deus, hoje só venho agradecer.
A força.
A perseverança.
Os livros que ajudam tanto.
Os filmes que dão esperança.
Agradecer o meu coração cheio, as consequências positivas, e o sabor a estabilidade.

Há mais para agradecer mas não hoje.
 

( In)Felicidade

 
Poderia dizer felicidade é música, mas isso dependeria do que ela nos faz lembrar.

Bem, na verdade, eu estava a tentar transformar este post num mantra para mim própria. Julguei que ao escrevê-lo fosse uma boa terapia. Que descobriria o quão sou feliz sem saber. O quanto há beleza nas coisinhas pequeninas. O quanto sou sortuda por respirar.

Só que não!
Pra já não.
 Pensei pensei pensei, e eu até sou boa nestas coisas, e simplesmente, não consegui passar da primeira frase. Não consegui imaginar nada mais neste momento que se assemelhe a felicidade. Para mim claro!

Eu sei do tempo. Sei que daqui a uns tempos vou voltar a ser uma gaja normal. Sei que daqui a uns tempos eu vou conseguir continuar este post. Até lá, podem por favor lembrar me de que é feita a felicidade?

Obrigades.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Oração da noite

Meu Deus dá-me mais dias com esta força.
Dá-me mais desta paz, desta música, deste gostinho em beijar, em amar, em me permitir  ser um pouquinho feliz.
Dá-me confiança para os dias menos fáceis e sabedoria para aproveitar aqueles que, como hoje, me fazem tão bem.
Se puderes, mantem-me o amor que tenho e que sinto, e que tanto agradeço.
Torna-me mais generosa, afável e alegre.


Obrigado!





Era assim, uma casinha como esta, perdida, acolhedora e como a árvore, despida, que eu pudesse fazer dela minha, vesti-la com calma, paciência e amor.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Desejo Vão




Quero morrer e nascer! Não fisicamente. Espiritualmente. Quero toda aquela paz que por vezes vejo em olhos alheios. Quero o meu coração a palpitar. Quero fugir, correr, perder-me e encontrar-me. Quero esgotar aminha energia, respirar ofegante, rir de fazer doer as bochechas. Quero sentir medo, pisar devagarinho, cautelante. Quero um frio na barriga, ou dois. Quero esquecer esta dor, esquecer que fui mãe dum anjinho, quero caminhar, dar passos mais acelerados, quero ter vontade de me levantar e sentir-me mais que apenas uma mãe sem bebé.
"Um dia de cada vez"

Quero o meu filho

Ou força de Deus